Poeta, um fingidor
fingi a dor que sente
fingi a dor inconsequente
o leitor reconhecendo-se
se fascina,
mas o poeta escreve a dor
que o que desatina
poeta, um fingidor
que gera com as dores
o amor que vai além dos credores
viva o poeta que escreve nossas dores
De Maik Dias
uma homenagem para Fernando Pessoa, com uma releitura do belíssimo poema AUTOPSICOGRAFIA
segunda-feira, 29 de abril de 2013
sábado, 20 de abril de 2013
Ser como tu, Jesus!
Ser
como tu...
Tão
simples, mas tem complexo
Tento
ver-te em meu reflexo
Santo
por que, santo és tu
Ir
contra dogmas e protocolos
Às
vezes ir contra mim mesmo
Virar
a outra face
Ouvir
e calar-me
Ser
como tu...
Mais
difícil do que penso
Tão
simples, ser teu reflexo
Mas
nessa simplicidade incrível
Vejo
que é muito complexo
Ser
santo, pois tu és santo
Ser
gerador de opiniões
Mudar
o mundo a minha volta
Transformar
o mundo e seus padrões
Ser
santo como tu, é isso que busco Jesus!
De
Maik Dias
terça-feira, 16 de abril de 2013
Tentando escrever algo em prosa
Não consigo mais
escrever... Parece letras sem sentido, só vejo pessoas com objetivos perdidos,
amores incompreendidos, sonhos destruídos. Então fecho olho, o mais incrível
isso é real, queria eu que isso fosse ilusão. Mas as pessoas e as letras estão
vagas e não preenchem de sentimentos as minhas palavras...
quinta-feira, 11 de abril de 2013
Montanha Russa da Vida
Palavras cortadas
Ideias premeditadas
Pessoas abstratas
Nessa montanha russa que é a vida
Seu sobe e desce
Acompanhado de grito e choro
No fundo sussurro de prece
Todos no um por um e Deus por todos
Talvez nessa montanha russa eu ache alguém
E assim poder ir além
Além do grito e do choro
E alguém para me acompanhar quando essa louca coisa parar
De Maik Dias
Ideias premeditadas
Pessoas abstratas
Nessa montanha russa que é a vida
Seu sobe e desce
Acompanhado de grito e choro
No fundo sussurro de prece
Todos no um por um e Deus por todos
Talvez nessa montanha russa eu ache alguém
E assim poder ir além
Além do grito e do choro
E alguém para me acompanhar quando essa louca coisa parar
De Maik Dias
quinta-feira, 4 de abril de 2013
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
De Fernando Pessoa
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
De Fernando Pessoa
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